a uma interrogação indaguei:
- qual é?
- sei não.
- vive só?
- crio dúvidas.
- tranquila?
- instável, uma gangorra, um tobogã.
- por onde vou?
- não sei.
- posso passar?
- responda: quem me entortou?
- o vento da procura.
- onde posso achá-lo?
- venha comigo. ele sopra às minhas costas.
vou segui-lo até o fim
- ô menino. não treme? o caminho desse
vento se perde na história do homem. tua
vida é rasa.
- corta meus pés e não ando. reprime minha
curiosidade e me mata. fim de papo. querendo se encontrar
me segue. senão té mais.
- vamos menino, quero ser sua companheira.
- sem ilusão, um dia eu mato você, iluminado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário