No tempo das carruagens, o mal também se movimentava com lentidão. Ao menos, o mal epistolográfico.
Hoje, não. Hoje, quando nos damos conta, a ofensa já partiu à velocidade da luz.
Não conheço a experiência dos meus leitores, mas eu, mesmo sem querer, já magoei algumas pessoas por e-mail. Ou porque não refleti suficientemente antes de enviá-lo; ou porque o destinatário – na sua pressa igual a minha – leu mal e interpretou o conteúdo equivocadamente.
Ganhamos em rapidez e comodidade com a advento do e-mail, mas estamos perdendo em humanidade e delicadeza.
Os deuses, como diziam os fenícios, e que Fernando Pessoa plagiou, vendem quando dão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário