terça-feira, 14 de setembro de 2010

Presente

Talvez ele não saiba (ou finja não saber para me fazer relembrá-lo toda vez que esquecer...)
Que quando estou feliz, por qualquer motivo, ao vê-lo, minha felicidade se multiplica
Que me falta quando está ausente
Que sofro ao vê-lo triste.
 
Talvez ele não saiba (mas agora saberá...)
Que o amo como a um amante, um irmão, um amigo
Que o desejo, mesmo que silenciosamente
Que o admiro sendo ele assim, menino que é.
 
Talvez ele saiba (mas faço questão de repetir...)
Que o desculpo pelas suas fraquezas, medos e inseguranças
Pois tudo isso só me faz ver o quanto ser humano ele é.
Que o entendo mesmo sem compreender
Suas angústias, suas fantasias, sua imaginação
De menino tão só, mas tão cheio de sinceridade.
 
Talvez eu não tenha dito, nem escrito (e me faço poeta...)
Para lembrá-lo que ele existe em mim a todo instante
Mesmo longe, até perto, onde nem ele supõe conseguir chegar.
 
Talvez eu me esqueça de dizer tanta coisa (que mereça ser dita...)
E lhe peço, me peça para que eu diga o que me esqueci de lhe dizer.
 
Talvez fiquemos juntos para sempre, talvez não, quem saberá dizer?
Talvez a distância nos aproxime, talvez a vida nos encaminhe.
Talvez o que pareça ser não é.
 
Ah, se ele soubesse...(mas vai saber).
Que me pego a sonhar entre as pernas dele até o amanhecer...
 
Existem perguntas que o só tempo saberá responder.
(Sejamos pacientes com o tempo, ele há de ser o nosso maior presente.)

3 comentários:

Júlia Schütz Veiga disse...

lindas suas palavras tal como você e este menino. beijos com saudades.

Lucas De Nardi disse...

Não sei é pra mim, mas tomo o poema como se assi fosse e meus olhos se enchem de emoção por palavras tão lindas...
Agradeço por tudo o que passei ao teu lado.
Beijos com muito amor e todo meu carinho ;-)
Lucas

Mari Camardelli disse...

vou clicar 18 vezes em lindo, 24 vezes em profundo e umas 449 em emocionante.