Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Jornal do Brasil - 31/08/2010 - Por Bolívar Torres
Demorou, mas aconteceu. E da melhor maneira possível: a obra de Raymond Carver, um dos mais influentes escritores americanos da segunda metade do século 20, ganha finalmente uma edição abrangente no país. Reunidos em um único volume e organizados em ordem cronológica, 68 contos de Raymond Carver (Companhia das Letras. 712 pp., R$ 54 - Trad. Rubens Figueiredo) compensa o vácuo editorial brasileiro, preenchido até então por apenas três publicações não tão representativas do trabalho do escritor (Short cuts, com nove contos que inspiraram o filme homônimo de Robert Altman; Fique quieta, por favor, a sua primeira coletânea, de 1976; e Iniciantes, obra póstuma que revelava a versão “sem cortes” de seu segundo livro, O que falamos quando falamos de amor, de 1981). Era, sem dúvida, muito pouco para aquele que era conhecido como o principal renovador do interesse pela short story nos Estados Unidos.
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