Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Parte de ti
pensei ter visto, entre os olhos da noite, você arrancar um pedaço de si. sonhei também que te tinha ao meu lado durante o sono e a vigília. te ouvi descer os degraus da escadaria, romper a porta, sumir com os ruídos da cidade. quedei macia nos travesseiros da noite, acomodando o meu corpo no cheiro do quarto. no meio do sonho, acordei tristonha, a procurar teu pedaço que pensei ter ouvido cair ao meu lado. era tarde da noite, era a madrugada em silêncio e eu te lendo, sorrindo em memória, colhendo graciosa uma parte de ti.
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