Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
quarta-feira, 5 de maio de 2010
um dia, Arnaldo Antunes
1) sujar o pé de areia pra depois lavar na água
2) esperar o vaga-lume piscar outra vez
3) ouvir a onda mais distante por trás da mais próxima
4) se chover, tomar chuva
6) caminhar
7) sentir o sabor do que comer
8) ser gentil com qualquer pessoa
9) barbear-se no final da tarde
10) ao se deitar para dormir, dormir
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