Quando cheguei a noite era alta,
a Lua brilhava no topo do céu.
A claridade revelava pequenas porções derramadas
de luzes curvilíneas, de sombras acinzentadas.
Logo entrei, cerrando a porta.
Lá fora, nada havia
na forma como me sentia.
Contavam-me, os pensamentos,
histórias de cores solares.
Sobre um tempo já registrado
que não soube imprimir-se no presente.
Em mim, brilhava a bela sensação triste
de ver a sombra acinzentar o amor
e tentar curvar as luzes sobre ele…
Desesperadamente, como alguém cego de repente,
buscava qualquer nesga de cor.
Qualquer vermelho ou dourado
Qualquer tropeço num coração chapado…
Nada me veio…
E então cerrei a porta.
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