Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Aluada
Num rolar de cachos ruivos
sobre a pele branca
num olhar de raros anos
saltam duas luas mancas
Nas lagoas turvas
onde antes brilhavam estrelas
agora só há fumaça...
Nem vestígio de luas cheias
Nas águas estranhas
onde antes viviam cometas
agora só há brumada...
Nem cadência de danças caldas
Talvez alguém, noutro planeta
que ainda reflita estrelas, luares e cometas,
possa ser a água mansa onde tuas luas
mais que mancas, serão nuas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário