Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um velho amigo
Deitada na rede avarandada
olhando as folhas dos coqueiros
balançarem feito navios no ar
uma pontada de tristeza
uma agulha muito fina
veio enfim me falar
na forma de uma lágrima
uma única gota caindo
até minha boca sentir
o gosto salgado do mar
que há léguas daqui
distante mil sois
um amigo que se foi
deixa saudade chegar
Deitada na rede avarandada
olhando as folhas dos coqueiros
balançarem feito navios no ar
uma pontada de esperança
uma linha muito espessa
veio enfim me acalmar
uma única gota secando
até minha pele sentir
a brisa doce do mar
que perto daqui
a dois passos de mim
um velho amigo
levou a saudade pra lá
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4 comentários:
Ah, Nai, também sinto saudades daquele amigo... ele era muito amigo mesmo e tem feito falta na minha vida... aquela presença pequena, mas sempre notável...
que bom que estão os dias por aí, aproveite bastante, você está virando menina de novo =)
beijos
é menina mesmo. esta cara de moleca travessa... linda!
saudade de vocês também.
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