Durante anos
foi a minha constante companhia
aonde eu estava
ele vinha
e ronronando
em meu colo se acolhia
Até que um dia...
Faz anos já que a casa está vazia
Mas eis que
inesperado
ele de novo chega
e se deita ao meu lado
Não me atrevo
a olhá-lo
pois é melhor não vê-lo
que não não vê-lo
Nada pergunto
apenas vivo
a doída ilusão
de tê-lo junto
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