Todos os códigos morais são rígidos por definição: não admitem nuances, compromissos ou contaminações recíprocas. Devem ser acatados ou recusados em bloco. Essa é uma das principais razões pelas quais o homem é gregário e busca, mais ou menos conscientemente, a proximidade não de seu próximo genérico, mas somente de quem compartilha de suas convicções profundas (ou da falta de tais convicções).
Naiana Alberti
Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Sobre a literatura
Kakfa se referiu à literatura como uma "machadinha com a qual rachamos os mares congelados dentro de nós".
Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo, David Foster Wallace
Agora tenho 33 anos de idade e sinto que muito tempo passou e vai passando mais rápido a cada dia. Dia após dia preciso fazer todo tipo de escolhas sobre aquilo que é bom, importante e divertido, e depois preciso conviver com o confisco de todas as outras opções que essas escolhas eliminam. E começo a perceber que à medida que o tempo ganhar ímpeto minhas escolhas vão se dar num campo mais estreito e as eliminações serão multiplicadas em ritmo exponencial até eu chegar a algum ponto de algum ramo qualquer dentre as suntuosas ramificações complexas da vida onde estarei completamente trancado e cravado num único caminho e o tempo passará voando por mim em fases de estase, atrofia e decadência até eu cair pela terceira vez, toda a luta em vão, afogado pelo tempo. É apavorante. Mas como serei trancado pelas minhas próprias escolhas, parece inevitável - se desejo ser adulto de algum jeito, preciso fazer escolhas e lamentar eliminações e tentar viver com isso.
Por quem os sinos dobram, Ernest Hemingway
O fanatismo é uma coisa singular. Ser fanático requer absoluta certeza de que você está correto e, nada estimula a certeza e a correção como a castidade. A castidade é inimiga da heresia. Como essa premissa se sustentaria se ele a examinasse? Talvez fosse por isso que os comunistas eram tão rigorosos quanto à boemia. Quando se está bêbado, ou quando se fornica, ou se comete adultério, se reconhece a própria falibilidade em relação àquela tão mutável, substituta da doutrina dos apóstolos, a conduta do partido. Abaixo a boemia, o pecado de Maiakovsky.
Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi
O que me impressiona - em relação a ela e a várias outras amigas americanas - é o quanto essas mulheres investem em ser "queridas", como foram criadas para acreditar que ser benquista é muito importante. E isso não inclui demonstrar raiva ou ser agressiva, tampouco discordar.
Casei com um comunista, Philip Roth
O importante não é ficar com raiva, mas ficar com raiva das coisas certas. Eu disse a ela, olhe a questão de uma perspectiva darwinista. A raiva serve para tornar a gente eficaz. Essa é a sua função na sobrevivência. É por isso que a raiva nos foi dada. Se ela nos torna ineficazes, livre-se da raiva, feito uma batata quente.
Porque em geral as pessoas não deixam. Todo mundo está insatisfeito mas, em geral, não ir embora é o que as pessoas fazem. Sobretudo pessoas que um dia foram abandonadas por alguém, como você e seu irmão. Quem passa o que vocês dois passaram valoriza muito a estabilidade. Com certeza, exagera o seu valor. A coisa mais difícil do mundo é cortar o nó da nossa vida e ir embora. As pessoas fazem mil ajustes para se conciliar até com o comportamento mais patológico do mundo.
- A política é o grande generalizador - disse-me Leo - e a literatura é o grande particularizador, e as duas não estão simplesmente numa relação inversa. Estão numa relação antagônica. Para a política, a literatura é decadente, débil, irrelevante, chata, equivocada, obtusa, uma coisa que não tem sentido e que na verdade não devia existir. Por quê? Porque o impulso particularizador é literatura. Como você pode ser um artista e renunciar à nuance? Mas também como é que você pode ser um político e permitir a nuance? Como artista, a nuance é a sua missão. Sua missão não é simplificar. Mesmo que você resolva escrever da maneira mais simples, à la Hemingway, a missão continua sendo a de garantir a nuance, elucidar a complicação, sugerir a contradição. E não a apagar a contradição, não negar a contradição, mas sim ver onde, no interior da contradição, se encontra o ser humano atormentado. Levar em conta o caos, garantir que ele se manifeste. Você precisa garantir que ele se manifeste. De outro modo você só faz propaganda, se não de um movimento político, de um partido político, então propaganda cretina da vida em si mesma, da vida como ela gostaria de ser divulgada. Durante os primeiros cinco, seis anos da revolução russa, os revolucionários gritavam "amor livre, o amor será livre!". Mas, quando se viram no poder, não puderam permitir nada disso. Porque o que é o amor livre? O caos. E eles não queriam o caos. Não foi por isso que fizeram a revolução gloriosa. Queriam algo cuidadosamente disciplinado, organizado, contido, cientificamente previsível, se possível. O amor livre perturba a organização, perturba a máquina social, política e cultural deles. A arte também perturba a organização. Não por ser espalhafatosamente a favor ou contra, ou mesmo sutilmente a favor ou contra. Ela perturba a organização porque ela não é generalizada. A natureza intrínseca do particular é ser particular, e a natureza intrínseca da particularidade é não se conformar. Generalizar o sofrimento: isto é o comunismo. Particularizar o sofrimento: isto é a literatura. Nesta polaridade reside o antagonismo. Manter o particular vivo num mundo simplificado e generalizante - é nesse terreno que se trava a batalha. Você não precisa escrever para legitimar o capitalismo. Você está fora de ambos. Se você é escritor, você é tão alheio a um quanto a outro. Sim, você vê diferenças e, é claro, você vê que esta merda é um pouco melhor do que a outra merda, ou que a outra merda é um pouco melhor do que esta merda. Talvez até muito melhor. Mas você vê que é tudo uma merda.Você não é um funcionário do governo. Não é um militante. Não é um crente.Você é alguém que trata o mundo e o que acontece no mundo de uma maneira muito diferente. O militante apresenta uma fé, uma grande crença que vai mudar o mundo, e o artista apresenta um produto que não tem lugar nesse mundo. É inútil. O artista, o escritor sério, traz ao mundo algo que desde o início nem mesmo estava lá. Quando Deus criou todo esse troço em sete dias, os pássaros, os rios, os seres humanos, não teve nem dez minutos para a literatura. "E então se faça a literatura. Alguns gostarão, outros ficarão obcecados por ela, desejarão fazê-la..."Não. Não. Ela não disse nada disso. Se você tivesse perguntado a Deus: "E vão existir bombeiros hidráulicos?". "Sim, existirão. Porque eles terão casas e precisarão de bombeiros." "E vão existir médicos?" "Sim. Porque eles ficarão doentes e vão precisar de médicos para lhes dar pílulas". "E a literatura? Do que você está falando? Para que isso serve? Onde é que ela se encaixa? Por favor, estou criando um universo, não uma universidade. Nada de literatura."
domingo, 1 de outubro de 2017
De repente, nas profundezas do bosque, Amós Oz
'Um olho de peixe redondo e arregalado ao máximo mirou os dois por um instante como se sugerisse a Maia e Mati que todos nós, todos os seres vivos sobre este planeta, pessoas e animais, aves, répteis, larvas e peixes, na realidade todos nós estamos bem próximos uns dos outros, apesar de todas as muitas diferenças entre nós: pois quase todos nós temos olhos para ver formas, movimentos e cores, e quase todos nós ouvimos vozes e ecos, ou pelo menos sentimos a passagem da luz e da escuridão através da nossa pele. E todos nós captamos e classificamos, sem parar, cheiros, gostos e sensações.'
'Isso e mais: todos nós sem exceção nos assustamos às vezes e até mesmo ficamos apavorados, e às vezes todos ficamos cansados, ou com fome, e cada um de nós gosta de certas coisas e detesta outras, que nos inspiram temor ou aversão. Além disso, todos nós sem exceção somos sensíveis ao extremo. E todos nós, pessoas répteis insetos e peixes, todos nós dormimos e acordamos e de novo dormimos e acordamos, todos nós nos empenhamos muito para que fique tudo bem para nós, não muito quente nem frio, todos nós sem exceção tentamos a maior parte do tempo nos preservar e nos guardar de tudo que corta, morde e fura. Pois cada um de nós pode ser amassado com facilidade. E todos nós, pássaro e minhoca, gato menino e lobo, todos nós nos esforçamos a maior parte do tempo em tomar o máximo cuidado possível contra a dor e o perigo, e apesar disso nós nos arriscamos muito sempre que saímos para correr atrás de comida, atrás de uma brincadeira e também atrás de aventuras emocionantes'
'E assim, disse Maia depois de refletir sobre esse pensamento, e assim no fundo é possível dizer que todos nós sem exceção estamos no mesmo barco: não apenas todas as crianças, não apenas toda a aldeia, não apenas todas as pessoas, mas todos os seres vivos. Todos nós. E ainda não sei dizer se as plantas são um pouco nossos parentes distantes.'
'Logo, quem debocha dos outros passageiros na realidade é um bobo que está no mesmo barco. E não existe aqui nenhum outro barco.'
'Será que o deboche é uma forma de defesa para quem lança mão dele, pois o protege do perigo da solidão? Pois quem zomba não zomba em grupo, e aquele que desperta a zombaria não fica sempre sozinho?'
Venenos de Deus, remédios do Diabo - Mia Couto
'Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso.'
'Saímos para o estrangeiro quando a nossa terra já saiu de nós.'
'"Já foi bonita", pensa ele, "agora pesam-lhe os flancos como a essas mulheres que surgem de traseiro mesmo que se apresentem de frente."
'As pessoas não tem cores. Ou tem cores que não tem nome.'
'Viver é um verbo sem passado.'
'Uma coisa aprendi na vida. Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz.'
'Depois de tantos anos, deixamos de viver na casa e passamos a ser a casa onde vivemos.'
Sempre a mesma neve, sempre o mesmo tio, Herta Muller
'Cultura é um reservatório porque ela se une ao que vem em seguida.'
'Somos dependentes desses nervos, eles são os fios que nos tornam flexíveis.'
'Podemos mandar o corpo que temos à luta pela manhã. Podemos dispor dele enquanto ele está atado corretamente. Depois disso, ele é que dispõe de nós.'
'Não dá para conversar com a morte. Mas é preciso fazê-lo, com a perda.'
'Talvez a pátria não seja um lugar para os pés nem para a cabeça.'
'A literatura fala com cada um individualmente - ela é propriedade privada que permanece na cabeça. Nada mais fala de maneira tão incisiva conosco que um livro. E não espera nada em troca, exceto que pensemos e sintamos.'
'Acho que os objetos não conhecem seu material, os gestos não conhecem seus sentimentos e as palavras não conhecem a boca que fala. Mas, para nos certificarmos de nossa própria existência, precisamos dos objetos, dos gestos e das palavras.'
terça-feira, 31 de maio de 2016
O caminho estreito para os confins do Norte, Richard Flanagan
E agora ele sentia que sua vida era uma irrealidade monumental, em que tudo que não importava - ambições profissionais, a busca individual por status, a cor da vaga de estacionamento exclusiva - recebia maior importância, e tudo que de fato importava - prazer, alegria, amizade, amor - era, de alguma maneira, considerado periférico. O resultado era monótono, na maioria das vezes, e estranho em geral.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Opinião sobre a pornografia, Wislawa Szymborska
Não há devassidão maior que o pensamento.
Essa diabrura prolifera como erva daninha
num canteiro demarcado para margaridas.
Para aqueles que pensam, nada é sagrado.
O topete de chamar as coisas pelos nomes,
a dissolução da análise, a impudicícia da síntese,
a perseguição selvagem e debochada dos fatos nus,
o tatear indecente de temas delicados,
a desova das ideias --- é disso que eles gostam.
À luz do dia ou na escuridão da noite
se juntam aos pares, triângulos e círculos.
Pouco importa ali o sexo e a idade dos parceiros.
Seus olhos brilham, as faces queimam.
Um amigo desvirtua o outro.
Filhas depravadas degeneram o pai.
O irmão leva a irmã mais nova para o mau caminho.
Preferem o sabor de outros frutos
da árvore proibida do conhecimento
do que os traseiros rosados das revistas ilustradas,
toda essa pornografia na verdade simplória.
Os livros que os divertem não tem figuras.
A única verdade são certas frases
marcadas com a unha ou com o lápis.
É chocante em que posições,
com que escandalosa simplicidade
um intelecto emprenha o outro!
Tais posições nem o Kamasutra conhece.
Durante esses encontros só o chá ferve.
As pessoas sentam nas cadeiras, movem os lábios.
Cada qual coloca sua própria perna uma sobre a outra.
Dessa maneira um pé toca o chão,
o outro balança livremente no ar.
Só de vez em quando alguém se levanta,
se aproxima da janela
e pela fresta da cortina
espia a rua.
Essa diabrura prolifera como erva daninha
num canteiro demarcado para margaridas.
Para aqueles que pensam, nada é sagrado.
O topete de chamar as coisas pelos nomes,
a dissolução da análise, a impudicícia da síntese,
a perseguição selvagem e debochada dos fatos nus,
o tatear indecente de temas delicados,
a desova das ideias --- é disso que eles gostam.
À luz do dia ou na escuridão da noite
se juntam aos pares, triângulos e círculos.
Pouco importa ali o sexo e a idade dos parceiros.
Seus olhos brilham, as faces queimam.
Um amigo desvirtua o outro.
Filhas depravadas degeneram o pai.
O irmão leva a irmã mais nova para o mau caminho.
Preferem o sabor de outros frutos
da árvore proibida do conhecimento
do que os traseiros rosados das revistas ilustradas,
toda essa pornografia na verdade simplória.
Os livros que os divertem não tem figuras.
A única verdade são certas frases
marcadas com a unha ou com o lápis.
É chocante em que posições,
com que escandalosa simplicidade
um intelecto emprenha o outro!
Tais posições nem o Kamasutra conhece.
Durante esses encontros só o chá ferve.
As pessoas sentam nas cadeiras, movem os lábios.
Cada qual coloca sua própria perna uma sobre a outra.
Dessa maneira um pé toca o chão,
o outro balança livremente no ar.
Só de vez em quando alguém se levanta,
se aproxima da janela
e pela fresta da cortina
espia a rua.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
simplesmente
se não tivesse conhecido a Lua
no lastro da Terra
tudo seria diferente
nem pior nem melhor
simplesmente
d i f e r e n t e
e assim é
para todas as coisas
da vida
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Amsterdam, Ian McEwan
"Vez por outra, olhava por cima do ombro. Conhecia bem essa sensação porque costumava fazer longas caminhadas sozinho. Havia sempre uma relutância a ser superada. Era um ato de vontade, uma luta contra o instinto, se afastar das pessoas, do abrigo, do calor e da ajuda. Um senso de escala dado pela perspectiva cotidiana dos aposentos e das ruas era de repente afrontado pelo vazio colossal. A massa de rochas que se erguia acima do vale era uma longa carranca esculpida em pedra. O silvo e o ribombar do córrego pertenciam à linguagem das ameaças. Sua disposição de espírito em franco declínio e todas as suas inclinações básicas lhe diziam que era uma tolice desnecessária seguir em frente, que ele estava cometendo um erro."
"Sabemos tão pouco sobre os outros. Permanecemos em geral submersos, como icebergs, com nossas identidades sociais visíveis projetando apenas o que temos de branco e frio."
"Depois que o trem ganhou velocidade e se afastou mais e mais de Londres, ocasionalmente o campo surgia e, com ele, vestígios de beleza, ou a memória dela, até que segundos depois o encanto se dissolvia quando um rio virava uma canal com margens de concreto ou se via uma imensa plantação de sebes e sem árvores. E haja estradas, novas estradas se insinuando sem cessar, sem pejo, como se a única coisa importante fosse ir de um lugar para outro. No que concernia ao bem-estar de qualquer outra forma de vida na Terra, o projeto humano não era apenas um fracasso, mas um erro desde o começo."
"Sabemos tão pouco sobre os outros. Permanecemos em geral submersos, como icebergs, com nossas identidades sociais visíveis projetando apenas o que temos de branco e frio."
"Depois que o trem ganhou velocidade e se afastou mais e mais de Londres, ocasionalmente o campo surgia e, com ele, vestígios de beleza, ou a memória dela, até que segundos depois o encanto se dissolvia quando um rio virava uma canal com margens de concreto ou se via uma imensa plantação de sebes e sem árvores. E haja estradas, novas estradas se insinuando sem cessar, sem pejo, como se a única coisa importante fosse ir de um lugar para outro. No que concernia ao bem-estar de qualquer outra forma de vida na Terra, o projeto humano não era apenas um fracasso, mas um erro desde o começo."
O Homem que Amava os cachorros, Leonardo Padura
"... a dor e a miséria figuram entre aquelas poucas coisas que, quando repartidas, tornam-se sempre maiores."
"Até a mais grosseira das mentiras, dita repetidamente sem que ninguém a refute, acaba por se transformar em verdade."
"A experiência ensinara-o que não é necessário empurrar as más notícias, porque o peso sempre faz com que caiam."
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Amor e seu tempo, Drummond
Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em casa poro, céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em casa poro, céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Erudito e popular, José Pedro Goulart
O que não nos mata, nos torna mais fortes. - Nietzche
(O que não mata, engorda.)
Ser ou não ser, eis a questão. - Shakespeare
(Não sei se caso ou se compro uma bicicleta.)
O homem é ele e suas circunstâncias. - Ortega y Gasset
(Cada um no seu quadrado.)
Por delicadeza, perdi minha vida - Rimbaud
(Quem foi ao ar, perdeu o lugar.)
Cada momento na vida é um milagre que não se repete. - Fernando Pessoa
(Trepada adiada é trepada perdida.)
Só sei que nada sei. - Sócrates
(Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.)
O Universo é uma harmonia de contrários. - Pitágoras
(Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.)
(O que não mata, engorda.)
Ser ou não ser, eis a questão. - Shakespeare
(Não sei se caso ou se compro uma bicicleta.)
O homem é ele e suas circunstâncias. - Ortega y Gasset
(Cada um no seu quadrado.)
Por delicadeza, perdi minha vida - Rimbaud
(Quem foi ao ar, perdeu o lugar.)
Cada momento na vida é um milagre que não se repete. - Fernando Pessoa
(Trepada adiada é trepada perdida.)
Só sei que nada sei. - Sócrates
(Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.)
O Universo é uma harmonia de contrários. - Pitágoras
(Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.)
quarta-feira, 17 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Neve, de Orhan Pamuk
Agora que ambos fomos forçados ao exílio, sem ter conseguido realizar nada nem ter tido êxito em coisa alguma, nem mesmo em encontrar a felicidade, podemos pelo menos concordar que a vida foi dura! E tampouco basta ser poeta...e é por isso que a política lança sua sombra sobre nossas vidas. Mas mesmo se tivesse dito isso, nenhum dos dois teria coragem de acrescentar o que não podiam admitir para si mesmos: é por termos falhado em encontrar a felicidade na poesia que agora sentimos nostalgia da sombra da política.
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