abri as janelas da casa
cortinas afastadas
dos seus afazeres solares
dispostas numa dança
com o vento
lavei os lençois
que há pouco dormiam
amassados de sono
com suas dobras marcando
a passagem do tempo
pendurei
pensamentos
lado a lado
sem presilhas
só dobrados
equilibrados
por um fio
joguei os restos
de tudo fora
guardei o inútil
na gaveta
e a gaveta
pela janela
já sem nada por fazer
estendi minha alma no varal
as pernas frias para cima
enquanto os móveis da casa
mudavam de cor
Um comentário:
Nai, voce esta cada vez melhor! Amei! Bjs
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