Os textos publicados não terão a ordem dos livros nem tampouco dos dicionários. Virão da desordem da vida, do improviso das águas, das impressões sobre qualquer coisa. Tudo que carregue o mistério de ser letra, verso, prosa. A única lógica será não ter lógica nenhuma. Pode ser que sirva, pode ser que exista, pode ser que dê. Quem sabe?
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Neve, de Orhan Pamuk
Agora que ambos fomos forçados ao exílio, sem ter conseguido realizar nada nem ter tido êxito em coisa alguma, nem mesmo em encontrar a felicidade, podemos pelo menos concordar que a vida foi dura! E tampouco basta ser poeta...e é por isso que a política lança sua sombra sobre nossas vidas. Mas mesmo se tivesse dito isso, nenhum dos dois teria coragem de acrescentar o que não podiam admitir para si mesmos: é por termos falhado em encontrar a felicidade na poesia que agora sentimos nostalgia da sombra da política.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
palavra por palavra
Analee Merino, Mujer Andina Alada |
talvez poesia em forma de
prosa. quem sabe uma prosa que fale de poesia. os pontos, as
vírgulas, as letras: todas do mesmo tamanho.pra você parar. respirar. absorver.
palavra por palavra. no mesmo tom, na mesma altura. que a letra se faz. pra você
mastigar. uma a uma. cada uma. das letras. sem a rapidez de quem parece que não
tem tempo. no tempo do entendimento. lentamente. devagar. há que me sentir por
inteira. completa. palavra por palavra.
terça-feira, 5 de maio de 2015
Canção do dia de sempre, Mário Quintana
Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência… esperança…
Inexperiência… esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…
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